O Bolsa Família 2023 passará por cortes neste ano. A informação é da atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, que faz parte da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encarregado pela pasta revelou a informação em recente depoimento concedido ao Estadão.
Segundo discurso de Simone Tebet, o programa social, que beneficia aproximadamente 21,9 milhões de famílias brasileiras, sofrerá cortes significativos. Também é importante lembrar que o Bolsa Família ainda não voltou de maneira oficial, a ser novamente o maior programa de benefício social do Brasil. Isso deverá acontecer até março.
Segundo o governo, Bolsa Família fará cortes ainda neste ano
Segundo informações já divulgadas pelo governo federal, a gestão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) fará uma atualização dos registros no Cadastro Único (CadÚnico), que coleta dados/informações referentes aos beneficiários de todos os programas sociais. A atualização citada, será como uma espécie de “pente-fino” e será feita em parceria com os municípios e estados brasileiros.
Além disso, também será realizada “busca ativa” de todos os beneficiários que ainda não encontram-se na lista de espera, mas que preenchem os requisitos mínimos para receber o programa Bolsa Família. De acordo com informações do próprio governo, mais de 40 milhões de famílias estão atualmente cadastradas no CadÚnico. Destas, aproximadamente 21,9 milhões são beneficiárias do programa social em questão. Estas informações foram atualizadas no mês de janeiro (01/2023).
Conforme anunciou a ministra Simone Tebet, os bloqueios previstos no Bolsa Família ocorrerão em um período de dois meses. O começo deste período de bloqueios vai acontecer em fevereiro ou março. Ainda de acordo com a ministra, não há possibilidade de que essas ações sejam realizadas a partir de janeiro. Desta maneira, os cortes no programa federal irão acontecer gradativamente, para que os centros de atendimento não sejam sobrecarregados.
Quem serão os alvos principais do “pente-fino”
A ministra Simone Tebet também anunciou que o prazo de dois meses vale também para a realização do “pente-fino” no Bolsa Família. O foco é identificar quais cadastros apresentam irregularidades para que o pagamento do benefício vá para as famílias que realmente necessitam.
Isso significa que mais de 2,5 milhões de beneficiários precisam ser solicitados pelo governo para realizar a atualização cadastral. Em caso de irregularidades ou indícios de fraude, o pagamento será bloqueado. Os principais grupos-alvo deste controle são as conhecidas famílias unipessoais, que consistem em uma única pessoa.
Tudo isso porque entre 2021/2022 teve-se um aumento atípico no número de famílias unipessoais que se cadastraram no Bolsa Família. A situação levantou suspeitas e chegou a ser alertada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ao Governo Federal.
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