A transferência de renda para as famílias brasileiras mais pobres permitiu que 36 milhões de pessoas saíssem da pobreza. No entanto, a política pública não se limita a um valor por mês. As condições cadastrais foram estratégicas para melhorar a qualidade de vida das famílias.
Cada condição deve impactar o futuro das famílias cadastradas, mas não apenas com o aumento do poder aquisitivo da renda proporcionada pelo programa. A pesquisadora Tereza Campello confirmou que a saúde de mulheres e crianças brasileiras foi severamente impactada após a introdução do Bolsa Família.
Mais saúde para crianças e mulheres beneficiárias do Bolsa Família
Desde sua criação, em outubro de 2003, o Bolsa Família liberou apenas os beneficiários que atendiam a determinados requisitos. As crianças da família segurada tinham que estar matriculadas na escola e as crianças menores de 7 anos tinham que ter suas vacinas em dia e acompanhar seu crescimento e desenvolvimento.
Durante o período em que o programa foi executado, houve uma redução de 58% na mortalidade infantil por desnutrição e uma redução de 51% no atraso no crescimento em crianças até cinco anos de idade. O mesmo estudo descreve que as crianças do Bolsa Família receberam mais leite materno como único alimento até os seis meses de idade em comparação com as famílias não beneficiárias.
Havia também condições para as mulheres grávidas na família. As gestantes só poderiam receber a transferência mensal se estivessem em acompanhamento pré-natal. A mãe possuía mais de 90% cartões do Bolsa Família. As mães solteiras representavam 40% dos beneficiários.
Um artigo recente publicado na revista PLOS Medicine em 2021 mostrou que, entre 2006 e 2015, o Bolsa Família reduziu em 16% a mortalidade infantil entre 1 e 4 anos. as taxas de mortalidade nesta área foram de 26% e 28%, respectivamente.
Imagem: Tv Jornal – UOL.
Bolsa Família trouxe impacto positivo na economia interna
Com a execução de 10 anos concluída, o balanço divulgado pelo Bolsa Família concluiu que seu impacto também teve impacto na esfera econômica. O programa teve um dos custos mais baixos em comparação com programas semelhantes de transferência de renda. De acordo com o IPEA, cada real gasto no Bolsa Família foi recuperado em R$ 2,4 do consumo brasileiro, além de um aumento de R$ 1,78 no PIB.
Fazendo um balanço dos 15 anos do programa, em 2018, o mesmo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada confirmou que o Bolsa Família reduziu em mais de 25% o número de brasileiros extremamente pobres e em 15% o número de pobres desde sua incorporação até esta data. Encontro. Os dados do IPEA mostraram que cada domínio fiscal gasto com o programa gerou 5,2 vezes mais benefício social.
A volta do Bolsa Família para o ano de 2023
Durante sua campanha e em debates com o atual presidente Jair Bolsonaro, Lula reiterou a importância da retomada do Bolsa Família e os cuidados gerais que o programa engloba. O atual programa de transferência de renda do governo, Auxílio Brasil, desembolsou R$ 400 aos beneficiários e começou a distribuir R$ 600 no segundo semestre deste ano. No entanto, a lei de diretrizes orçamentárias apresentada ao Congresso não contempla a continuidade de Auxílio.
O presidente eleito Lula já afirmou que pretende manter o valor de R$ 600 para quem recebe o Bolsa Família, mas que as condições também serão retomadas, já que o programa é uma política pública e não uma medida emergencial. Crianças matriculadas na escola com vacinas em dia e gestantes com pré-natal são novamente necessárias para as matriculadas no Bolsa Família.
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